Jay-Jay Johanson | Porto | 07.11.2025
Jay-Jay Johanson regressa ao Porto para apresentar o novo álbum backstage e para revisitar quase 30 anos de carreira.
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sinopse
Um regresso sempre aguardado. Jay-Jay Johanson visitou Portugal inúmeras vezes, desde o lançamento do seu album de estreia "Whiskey", e no entanto não parecemos tê-lo conosco vezes suficientes. Em cada concerto a sensibilidade e entrega do crooner electrónico Sueco nos faz precisar de mais. A relação entre o público Português e Jay-Jay Johanson está para durar. Depois de esgotar salas em 2023, Jay-Jay volta para mostrar o seu novo trabalho "Backstage" e revisitar o seu espólio sonoro.
artista
Jay-Jay Johanson é um velho conhecido do público Português. Desde o lançamento do seu 1º álbum "Whikey", no glorioso ano de 1996, que o músico Sueco visita Portugal com regularidade, tendo construído uma forte relação que se mantém até hoje. Com uma produção assinalável de álbuns, mas também de outras colaborações com cinema e moda, Jay-Jay Johanson mantém-se fiel a uma estética electrónica com fundações fortes no jazz, no pop, e em ambiente densos e quase cinematográficos. Nascido do boom do trip hop o Sueco foi capaz de lhe sobreviver, fruto de um público fiel e de uma honestidade creativa que sempre se manteve ao longo dos anos. A quase 30 anos desse 1º álbum, reconhecemos hoje o Jay-Jay dos 1ºs dias, o Jay-Jay mais clubbing de "Antena" ou o mais jazzístico. Reconhecemos as marcas do tempo e o quanto elas emprestam à sua música de hoje.
Um esteta da palavra e dos ambientes sonoros.
Há vozes que se agarram à melancolia e a transformam em paisagens sonoras eternas — e Jay-Jay Johanson é mestre nessa alquimia. Nascido como Jäje Folke Andreas Johansson a 11 de outubro de 1968 em Trollhättan, Suécia, o cantor e compositor emergiu na segunda metade dos anos 90 com um pé no jazz e outro no trip-hop, trazendo na voz um crooning melancólico, quase cinematográfico, que rapidamente capturou quem andava à procura de profundidade e sentimento.

Formações, influências e assinatura sonora
Desde cedo imerso na música — entre álamos de saxofone, clarinete e piano — Jay-Jay absorveu influências diversas: do jazz clássico à atmosfera mais sombria do trip-hop, do pop sofisticado às texturas eletrónicas.
O seu som sempre fundiu elegância e nostalgia: há ecos de crooners dos anos 50, a delicadeza dos arranjos jazzísticos, e ao mesmo tempo uma sensibilidade urbana e moderna, marcada por batidas electrónicas e atmosferas noir — como se cada canção fosse uma cena de filme a preto e branco.
Três décadas de reinvenção
Desde o álbum de estreia Whiskey, em 1996, Jay-Jay trilhou um percurso consistente e multifacetado.
Álbuns como Tattoo (1998) e Poison (2000) reforçaram a sua identidade melancólica e cinematográfica, enquanto trabalhos posteriores — como Antenna (2002) ou Rush (2005) — experimentaram com sonoridades mais electrónicas e contemporâneas.
Ao longo dos anos, a transição continuou: discos como Opium (2015) fundem introspecção e elegância, mantendo a voz suave e a intensidade emocional que caracterizam o artista.
Mais recentemente, com trabalhos até 2025 — como Backstage — Johanson parece reafirmar-se: um artista de longa data, que embora atento às mudanças da música e da tecnologia, permanece fiel àquela alma sombria, íntima e profundamente humana.
Reconhecimento, reputação e recepção artística
Desde os primeiros álbuns, Jay-Jay conquistou fãs e críticas pela sua capacidade de conjugar elegância, melancolia e detalhes refinados — uma assinatura rara no panorama trip-hop / downtempo europeu.
Mesmo décadas depois da estreia, continua a destacar-se como figura de culto da cena alternativa: a sua música continua a soar atual, cinematográfica, com letras que exploram a solidão, o amor, as ansiedades e a nostalgia — temas universais que nunca envelhecem.
O que esperar de um concerto de Jay-Jay Johanson
Assistir a um concerto de Johanson é como entrar numa sala escura iluminada apenas por um piano e um microfone — pura intimidade. Ele e os seus músicos constroem um ambiente emocional, onde cada canção é um convite à introspeção. Conforme disse numa recente entrevista, ele tenta transformar o palco num encontro pessoal com a audiência, onde a vulnerabilidade e a partilha são tão importantes quanto a música.
Não são espetáculos de fogo-de-artifício — são jornadas lentas, hipnóticas, cuidadosas. A voz de Johanson cruza batidas sombrias, linhas de baixo suaves, teclados envolventes — e às vezes há aquele silêncio que pesa, antes da melodia surgir, quase como se o momento fosse gravado em película.
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