Cola | Porto | 16.06.2025
Os Canadianos Cola regressam ao Porto 2 anos depois para apresentar o seu 2º álbum
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sinopse
Depois de 2 concertos em Portugal em estreia nacional com a Crowdmusic em 2023, os Cola regressam ao Porto para um concerto onde apresentarão o seu mais recente trabalho "The Gloss", álbum de 2025 onde consolidam o seu post-punk minimalista.
artista
Formada por ex-membros dos Ought, a banda canadiana Cola cruza post-punk anguloso com melodias introspectivas e uma escrita afiada. Entre grooves nervosos e observações subtis sobre o mundo moderno, o trio constrói canções que soam urgentes, inteligentes e profundamente humanas.
Os Cola nascem em Montreal, no Canadá, a partir de uma vontade clara de recomeçar. Após o fim dos Ought, dois dos seus membros — Tim Darcy (voz, guitarra) e Ben Stidworthy (baixo) — juntam-se ao baterista Evan Cartwright para explorar novas direções criativas, menos presas ao legado anterior e mais abertas à experimentação.
O projeto surge num contexto de transição pessoal e artística, com os três músicos a procurarem um som mais direto, colaborativo e focado na canção. Os Cola afirmam-se rapidamente como uma banda com identidade própria, evitando rótulos fáceis e usando a simplicidade como ponto de partida para algo mais profundo.
Discografia
Deep In View (2022, Fire Talk Records)
Álbum de estreia que estabelece o ADN da banda: linhas de baixo elásticas, guitarras cortantes e letras observacionais, quase cinematográficas. Um disco contido, mas cheio de tensão e intenção.The Gloss (2023, Fire Talk Records)
Mais confiante e expansivo, este segundo álbum aprofunda a paleta sonora da banda, adicionando mais groove, variações rítmicas e uma escrita lírica ainda mais refinada. Cola soa aqui mais solta, sem perder o nervo.
O som de Cola vive algures entre o post-punk, o art rock e o indie contemporâneo, com uma abordagem minimalista que privilegia o espaço, o ritmo e a interação entre os músicos. As canções avançam muitas vezes em círculos hipnóticos, sustentadas por baixos proeminentes e baterias precisas, enquanto a guitarra surge mais como textura e comentário do que como protagonista clássico.
As influências passam por nomes como Talking Heads, Wire, Pavement, Devo e pelo legado do post-punk britânico, mas também por uma sensibilidade moderna que dialoga com o indie atual. Liricamente, Tim Darcy mantém uma escrita observadora e irónica, focada em relações humanas, alienação urbana e pequenas ansiedades do quotidiano.
Ao vivo, Cola transforma essa contenção em intensidade, provando que não é preciso volume excessivo para criar impacto — basta intenção, timing e boas canções.
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